sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Coisas que perdemos pelo caminho


Sabe aquelas coisas que nos lembramos somente de vez em quando? então, às vezes me pego pensando nas bandas de a long time ago.... 365, é uma delas punk rock da melhor qualidade! Faz falta!!!

365 - São Paulo

"Tem dias que eu digo não, inverno no meu coração
Meu mundo está em tuas mãos
Frio e garôa na escuridão..."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Farsa da sociedade


Henri Cartier-Bresson - A Kiss In Paris
A farsa que vivemos dia-a-dia nos rouba a todos, todos os dias. Acreditamos, e queremos acreditar que somos um modelo de sucesso, que merecemos respeito, porque, afinal, estamos encaixados no padrão. Padrão de comportamento, padrão de vida, somos um sucesso!!!
Existe satisfação deste lado do rio? Estamos felizes com o que fazemos das nossas vidas? Onde foram parar nossos sonhos de criança? Onde está meu velho livro Utopia??? O homem de hoje mata todos os dias a criança que tínhamos dentro de nós, a criança que sonhava com um mundo colorido, justo, mais bonito, limpo.
O homem vive numa ilusão sem fim, tentando parecer forte, sensato, despreza seus anseios mais ocultos, esquece as coisas simples da vida, esquece o amor.
Quando ele perceber a vida passou, e não há mais tempo, pois ele estará velho demais pra viver, velho demais para amar.
(por lanlan, 23 de outubro de 2008)

Cinema


Fazia muito tempo que não ia ao cinema, não porque não goste, muito pelo contrário, é das coisas que amo.
Não posso dizer que me surpreendi, pois já imaginava o que iria encontrar pela frente.
“Ensaio sobre a cegueira” e dos últimos filmes que assisti, o mais sensível, e traz a genialidade de Saramago, expõe de forma escancarada o “bicho” que está dentro de nós, homens.
Lição após lição, continuamos errante errando....
Agora entendo porque a crítica não aprovou o filme, quando as críticas são para os outros, apoiamos, mas quando esta recai sobre nós, vaiamos.
(por lanlan, 22 de outubro, 2008)

Éticos e éticos

A sociedade vive uma necessidade premente de sanear o seu comportamento. Isso se coloca de uma maneira opressiva, e muitas vezes, cria para os homens uma pressão cada vez maior para que se comportem de acordo com as regras e normas pré-estabelecidas e caminhem lado -a- lado. Entretanto, isso é de certa maneira anti-natural, vez que, temos os sujeitos éticos e agentes éticos, que numa primeira impressão parecem ser iguais, mas numa análise não muito profunda podemos discernir quem é um e quem é o outro.

O agente ético vive na sociedade tentando se inserir o tempo todo, concorde ou não com o que lhe é cobrado, ele faz. Para ele, o mundo poderia não ter certas regras, e quando ele pode não cumpri-las ele se arrisca e as desobedece. Uma tortura é a vida do agente ético, não deve oferecer propinas, tem que dar exemplo para as crianças, não pode querer levar vantagem em tudo (querer ele quer), não pode furar a fila. O agente ético cresceu sem orientação ética e posteriormente para que conseguisse sobreviver no mundo atual teve que adaptar-se. A vida é dura para o agente ético.

O sujeito ético, em contraponto ao agente ético, vive naturalmente o “ser ético”. Para ele o respeito pelo próximo, pelo ambiente, pela sociedade é inerente à sua condição como ser humano, quando presencia uma ação amoral, anti-ética, sua reação é de indignação, às vezes é confiante, acha que com a sua colaboração o mundo de amanhã será melhor. Por isso faz questão de repartir o mundo de forma equilibrada, não precisa educar seus filhos - todo pai-herói é inspirador-, ele é a própria educação, um modelo vivo a ser seguido. A vida é esperança para o sujeito ético.

As cobranças sobre esses distintos tipos de comportamento são as mesmas, e fatalmente alguém vai sentir mais o peso delas. Necessário se faz vivermos eticamente, naturalmente, abandonarmos nossos egoísmos, nossos anseios por vantagens e entendermos que estas quando imediatas são as desvantagens de amanhã, é urgente que construamos um mundo melhor agora, e que nos esforcemos para ter uma vida mais leve, naturalmente mais ética.

(por lanlan - 17/10/2008)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008